Caros colegas, alunos e orientandos – O Estado do Rio de Janeiro tem consagrada história de representação no cenário acadêmico e científico brasileiro, sobretudo pelo destaque no desenvolvimento de políticas assertivas de desenvolvimento, suporte à inclusão de novos pesquisadores e amparo efetivo à execução de projetos de pesquisa através de inúmeros programas especiais, dentre os quais destacam-se, por exemplo, os programas “Cientistas e Jovens Cientistas do Nosso Estado“. Tal como todos nós membros da sociedade acadêmico-científica, recebi com profunda perplexidade a notícia de nomeação de uma servidora sem qualquer formação superior qualificada para assumir o cargo de presidente da Faperj, a agência estadual de fomento ao desenvolvimento das politicas de fomento à pesquisa científica, responsável pelo gerenciamento de um fundo em que se concentram todos os recursos destinados à manutenção e criação de programas de auxílio, bolsas de pesquisa e formação e tantos outros expedientes específicos das áreas das ciências. Esta nomeação é um fato absolutamente irresponsável e contrário a parecer técnico emitido pelo Gabinete Civil do Governo do Estado, a somar-se a diversos outros que vêm sistematicamente prejudicando instituições essenciais como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Centro de Ciências do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj). Lavro aqui meu protesto pelo que se vê constituir-se uma política sistemática e vulgar de destruição dos aparelhos públicos fundamentais da educação superior e da produção de conhecimento no Rio de Janeiro.