Centralmente, o grupo dedica-se ao estudo das condições em que se dá o processo de desenvolvimento escolar das escritas científicas de mundo, desde o ponto de vista dos sistemas de representação mental do conhecimento. Neste sentido, no entanto, opta por abordar a questão sob uma perspectiva interdisciplinar, com base na qual define o conceito de letramento, enquanto área de pesquisa e produção de conhecimento.

Advindas da Linguística Teórica e Aplicada, da Psicologia Social e do Desenvolvimento, da Epistemologia do Conhecimento e da Antropologia, suas referências teóricas formam massa crítica altamente qualificada para analisar a complexidade de fatores concorrentes nos processos de alfabetização e prover conhecimento coerente com as demandas reais da educação pública brasileira, significativamente marcada pela interculturalidade e pelas diferenças socioeconômicas.

No grupo titularam-se até a presente data cerca de cinquenta mestres e doutores; investe na ampliação do número de pesquisadores qualificados como orientadores, ampliando a oferta de formação em pesquisa através de doutorados interinstitucionais, estágios pós-doutorais e bolsistas do programa PEC-PG, assim como de atividades em cooperação com outras instituições de ensino superior. O grupo tem por opção dedicar-se a um objeto estável, “a problemática da formação de agentes de letramento para a educação básica”, em torno do qual se desenvolve um exercício de investigação multidisciplinar. Em consequência disto, o grupo desenvolveu um discurso teórico em favor de uma teoria epistemológica, a qual se tornou referência, não apenas para o próprio grupo, como para outros grupos de pesquisa, especialmente no campo da Etnografia aplicada à Educação. A produção acadêmica do grupo na área objeto é base das disciplinas de linguagem do curso de Licenciatura em Educação.